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Com grande probabilidade, mais de 70% dos portugueses tem uma responsabilidade de crédito. São muitas as finalidades existentes para recurso ao crédito, quer seja, através do crédito para compra de casa, crédito para compra de carro, crédito para férias, electrodomésticos, mobiliário ou até mesmo o simples cartão de crédito ou descoberto autorizado, a verdade é que a maioria de nós possuímos um ou mais deste tipo de crédito.

Um exemplo simples é abertura de conta à ordem com domiciliação de ordenado que na maioria das vezes e quase que automaticamente, nos é concedido um plafond ou descoberto autorizado para fazer face a momentos de menor disponibilidade financeira.

De igual modo, é hoje possível iniciar a relação com o crédito de forma simples e ao balcão de um qualquer estabelecimento comercial ou no conforto das nossas casas através do pedido de um cartão de crédito ou de um crédito online (sugerimos a leitura do artigo “Cuidado com os pedidos de crédito online” de modo a evitar alguns dissabores muito comuns.

Independentemente do tipo de crédito, a sua existência pressupõe uma atitude pró-ativa perante o mesmo, a não ser que tal crédito não seja ou não venha a ser utilizado. Todavia, sempre que beneficia do mesmo terá que formular um método de gestão que não prejudique as suas Finanças Pessoais.

O Seu Dinheiro é o Seu Guia

É verdade. Saber exatamente tudo sobre o seu dinheiro é o melhor indicador que pode possuir para efetuar análises válidas. Por aqui já falamos muito sobre este tema, no entanto, convêm relembrar que tudo se resume a uma correta gestão do orçamento familiar bem construído, ao conhecimento profundo das suas receitas e gastos, à definição de estratégias para poupar dinheiro e à importância do planeamento a prazo.

Contudo, no que toca ao crédito, temos que ser mais ambiciosos com o nosso dinheiro, incluindo as nossas responsabilidades nas análises e definindo estratégias para liquidar os mesmos ou nos protegermos para momentos difíceis.

Surge assim a necessidade de criar planos de emergência e assegurar proteção para o inesperado, como por exemplo, abordar os seguros de vida como a melhor proteção e constituir um fundo de emergência que assegure pelo menos 6 meses dos seus encargos globais.

Calcule a Sua Taxa de Esforço

É um dos indicadores que os bancos mais utilizam para conceder crédito ao seus clientes, pois consideram que revela informação pertinente para o calculo do risco da operação. No entanto, também pode verificar com alguma regularidade qual a sua taxa de esforço, tornando este rácio estático numa medida dinâmica e atual.

Vejamos, possui crédito habitação e um cartão de crédito. Aquando da concessão do crédito possuía uma taxa de esforço de 45% que reduzida a números é nada mais que uma prestação de 450 euros em relação a um vencimento de 1.000 euros tendo em conta que não possui mais qualquer encargo.

Ao utilizar o seu cartão de crédito está a aumentar o seu esforço mensal na medida em que o pagamento da factura do seu cartão de crédito é responsabilidade. Para os clientes que não efetuam a utilização do cartão de crédito inteligentemente, este encargo poderá se prolongar por diversos meses (ver: pagamento mínimo).

Se a cada mês possuir uma prestação de 100 euros no cartão de crédito e somar a mesma com a prestação do crédito habitação terá uma taxa de esforço de 55%.

Como pode verificar a sua capacidade para corresponder com as suas responsabilidades diminui sendo um sinal de alerta para a correta gestão dos seus créditos em relação ao seu orçamento.

Prudentemente deverá possuir uma taxa de esforço mensal inferior a 50% tendo em conta as despesas fixas que possui além de eventuais créditos, permitindo assim que tenha margem de manobra para outras atividades nobres, como por exemplo, reforçar o seu fundo de emergência todos os meses ou dedicar 10% do seu vencimento ao planeamento da sua reforma.

“1 + 1” SERÁ SEMPRE “2 – X”

Temos o hábito de complicar e desistir logo que algo corre mal. Não há motivos para alarme pois se tiver presente o resultado da anterior equação sabe claramente que não corre riscos na gestão dos seus créditos.

Apesar de a matemática ser uma ciência exata a vida financeira é um pouco mais humana dai o resultado de 1 + 1 não ser 2, pois o maior erro começa quando gastamos tudo o que ganhamos (1+1=2) ou gastamos mais do que ganhamos (1+1=2+x).

Assim sendo, convêm ter sempre presente a seguinte fórmula na nossa vidas pois pela sua complexidade a primeira vista, permite que a gestão dos seus créditos e consequentemente das sua Finanças Pessoais se tornem extremamente simples.

gerir credito

O segredo continua presente na máxima gastar menos do que se ganha e aplicar as poupanças tendo em vista o futuro financeiro sustentável. Isto passará por poupar, por cortar custos, por reduzir prestações e por ter uma vida financeira feliz e saudável.