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Começamos com as palavras-chaves que deve manter em mente se quer criar oportunidades, prevenir e resolver conflitos na criação e gestão financeira de uma conta partilhada – o diálogo e a confiança.

A postura de ambos face ao dinheiro deve ser bem conhecida “antes de abrir uma conta em conjunto”. Se no casal coexistirem duas dinâmicas diferentes, isto é, um membro consumista, que “se tiver dinheiro na conta, vai gastar” e outro que seja poupado, pode interferir na boa gestão financeira da família. Para evitar esses constrangimentos, é importante que se saiba a verdade e sejam definidas estratégias para garantir o sucesso financeiro do casal, devendo ser debatidos os objetivos comuns e pessoais, tendo sempre por base o respeito mútuo.

Importa realçar a importância do total conhecimento acerca das dívidas do parceiro, visto que se um dos membros estiver endividado, o banco pode penhorar a conta do casal. Por isso, é muito importante verificar, em conjunto, os mapas de créditos dos membros do casal, onde consta a informação detalhada acerca das dívidas. Estes dados podem ser encontrados no site do Banco de Portugal.

Receita para o sucesso

A confiança e o diálogo são então os pilares para gerir com sucesso uma conta em conjunto. É preciso ouvir todos os envolvidos no projeto e deve fazer sentido para cada membro do casal. Este processo é vital por permitir evitar desentendimentos entre o casal no futuro.

Além disso, é essencial dedicar um dia por mês à gestão do orçamento familiar. Nesse dia, o casal define objetivos financeiros comuns e debate acerca do estado dos anteriores. Este processo é importante, uma vez que a conta torna-se num projeto comum, e sendo comum, os sacrifícios têm um propósito e uma vantagem – o bem da família.

É também imprescindível definir uma estratégia para poupar. Aconselhamos os casais a decidirem um montante que seja confortável para todos, e uma vez acordado o valor, ativa-se uma transferência automatizada para uma conta poupança. Mas atenção! Programe a transferência para o início do mês, já que é provável no fim do mês já não haver dinheiro.

Por fim, em relação à conta bancária individual, marcada de privacidade e espontaneidade, deve ser preservada, sendo até importante para garantir uma boa gestão do património. Assim aconselhamos a que as contas individuais sejam mantidas para gastos pessoais e privados.

Boa sorte! Decidam com confiança um no outro, e de mútuo acordo. Se precisarem de alguma ajuda, estamos cá para isso, e sempre disponíveis, basta entrar em contacto.

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