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Os cartões de crédito são, nos nossos dias, essenciais para diversas operações, como por exemplo, compras na Internet, reservar quarto no hotel ou alugar um automóvel. No entanto, também são uma das principais causas de endividamento.

Para os novos utilizadores do cartão de crédito os riscos são significativos, a facilidade de liquidação do montante em divida surge como um incentivo ao consumo e à despreocupação pelo acumular da mesma.

Esta facilidade é conhecida por pagamento mínimo que, geralmente, todos cartões de crédito possuem, embora em proporções diferentes. É possível comprar hoje com o cartão de crédito um bem pelo valor de 2.000 euros e pagar mensalmente 5% do montante em divida, ou seja, sensivelmente 100 euros por mês.

O Pagamento Mínimo é Confortável…

Tendo em conta estas comodidades, a generalidade dos novos utilizadores e até mesmo utilizadores mais maduros sentem-se confortáveis com as compras efectuadas com o cartão de crédito, pois comprar um bom LCD pelo valor de 600 euros, poderá representar apenas 30 euros por mês se optar pelo pagamento mínimo.

É bom ter em conta que a generalidade dos cartões de crédito permite o pagamento mínimo de acordo com uma percentagem definida, todavia, também poderão limitar o montante mínimo a pagar, como por exemplo, pagamento mínimo de 5% com um mínimo de 25 euros.

O pagamento mínimo é a principal fonte de rendimentos dos fornecedores de cartões de crédito, pois permite margens financeiras elevadas, consequência das taxas de juro praticadas nos cartões de crédito, onde o limite é apenas os máximos definidos pelo Banco de Portugal para cada trimestre.

Qual o Verdadeiro Custo das Dívidas do Cartão de Crédito

Tenhamos por exemplo uma divida no cartão de crédito de 2.000 euros com pagamento mínimo de 5% e com um montante mínimo obrigatório de 15 euros. Se a taxa de juro do cartão for de 18% ao ano, então o peso dos juros será entre 300 e 360 euros ano.

Uma forma simples de determinar quanto custa o pagamento mínimo do cartão de crédito é efetuar os dois passos que se seguem:

  • Dividir a taxa de juro pelo número de meses ano : 18% / 12 = 1,5% ao mês;
  • Multiplique a taxa mensal pelo montante em divida: 3.000 * 1,5% = 30 euros de juros mês;

Ao optar pelo pagamento mínimo 30 euros são correspondentes a juros, e os restantes 70 euros serão amortizados ao capital em divida. No mês seguinte ainda possuirá uma divida 1.930 euros (2.000 – 70) para liquidar, que aplicando os mesmos procedimentos terá um pagamento mínimo de 96,50 euros dos quais 28,95 euros são juros e o restante capital a amortizar para o seguinte mês.

Se decidir continuar a efetuar o pagamento mínimo do cartão de crédito durante os meses seguintes então deverá contar com mais de 700 euros de juros que terá de suportar ao longo de mais de 72 meses.

A Melhor Recomendação Para o Uso do Seu Cartão de Crédito

Como pode reparar, optar por pagamentos parcelados independentemente de optar pelo pagamento mínimo ou não, os custos gerados são significativos porque as taxas de juro dos cartões de crédito são elevadas comparativamente com outras soluções de crédito, como por exemplo, crédito pessoal.

Nestes termos, é sem dúvida a melhor recomendação para utilização do cartão de crédito o pagamento a 100% da divida, usufruindo sempre do período de crédito grátis e evitando o pagamento de juros sem ter de mexer no seu fundo de emergência.

Se não paga o seu crédito a 100% poderá encontrar na negociação de crédito com o seu banco uma forma de reduzir os seus encargos mensais. Nunca se esqueça que os cartões de crédito são a fonte de rendimento mais rentável de todos os bancos. Se parar para pensar, não é por acaso que algumas instituições lhe oferecem telemóveis, máquinas de café ou tabblets para garantir ter novos clientes!