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O Dia Mundial da Poupança é um dia que procura chamar a atenção para a importância de bons hábitos de poupança, sem esquecer que estes bons hábitos são resultado de boas decisões de consumo. Infelizmente, surgem sempre diversos motivos que nos levam a pensar que é impossível poupar, pelo que não vale a pena tentar.

Dito isto, não vou focar a atenção nestes motivos, uma vez que o João Raposo já procurou desmistificar os principais noutro artigo. Neste, vou focar-me em algo igualmente profundo e importante. Uma reflexão sobre o papel que o dinheiro tem nas nossas vidas.

Para que serve o dinheiro afinal?

O dinheiro serve para ser gasto. Podemos gastar hoje o dinheiro que temos. Podemos trazer para o presente o dinheiro que vamos receber no futuro (através do endividamento) ou podemos mandar dinheiro para gastar no futuro (através da poupança). No entanto, o dinheiro serve sempre para ser gasto, devendo a nossa análise focar-se no momento mais adequado para o fazermos. Será que precisamos de consumir hoje? Ou será que podemos esperar um pouco, adiar a gratificação e receber juros por isso, para gastar mais no futuro? A resposta depende da realidade de cada pessoa e de cada família, embora seja transversal mudar o paradigma e começar a poupar…

De quem é o meu dinheiro?

Esta pergunta é especialmente pensada para todos os que somos casados, especialmente porque os problemas familiares costumam estar associados a problemas financeiros. Se estamos casados, tendo ou não filhos, temos um projeto de vida em comum. E se assim é, podemos olhar com generosidade para o dinheiro e considerar que o dinheiro é da família. É uma ferramenta para proporcionar a segurança financeira de todos. Para conquistar objetivos comuns. E assim, com generosidade e confiança, começar a olhar para o dinheiro como um elemento de união. Sim, isso vai implicar que não andemos a dividir despesas, porque o dinheiro sairá do mesmo bolo. É de todos. Não é meu.

Olhar para o “meu” dinheiro como sendo nosso vai-me obrigar a ter um maior critério sobre a forma como o gasto. Vai-me tornar o gestor do dinheiro da família, o que rapidamente deve traduzir-se em cuidados acrescidos para garantir que é bem gasto. Assim, passamos a atribuir um sorriso aos presentes que compramos para os nossos filhos ou para a nossa mulher. Atribuímos um olhar de esperança aos sacrifícios que fazemos ao adiar o consumo. Conferimos um sentido ao trabalho que temos todos os dias, que assim ganha uma importância que nos ultrapassa. Perceberemos o sorriso no olhar da nossa mulher quando lhe damos um simples ramo de flores, que não precisa de ser assim tão caro.

O que quero na vida?

Quando penso nos temas financeiros e quando olho para tantas famílias que se cruzam connosco na Reorganiza, penso que tudo se tornaria mais fácil se tivéssemos objetivos concretos. Tudo seria mais fácil se o critério que usamos para consumir fosse “qual o bem?”. Se desistíssemos de usar a comparação social como forma de avaliar a bondade de determinada compra. De facto, o consumo não tem nada de errado. Antes pelo contrário. Ter qualidade de vida deve fazer parte das nossas vidas. Devemos poder gastar o fruto do nosso trabalho. O ponto, contudo, é por que gastamos? Gastamos pelo prazer ou pela utilidade que vamos retirar de certa coisa ou gastamos porque queremos impressionar os outros? Por algum motivo, continuamos a achar que a relva do lado é sempre mais verde que a nossa… infelizmente, quando falamos de consumo, muitas vezes uma cara alegre esconde um rol de dívidas que terão de ser pagas, tudo em prol da comparação…

Por que não ser diferente?

O Dia Mundial da Poupança vem pouco tempo antes do Natal. Era bom que ambos estivessem relacionados. Que a reflexão deste dia nos levasse a pensar este ano de forma diferente. Em breve vem a febre do consumo Natalício, que também é acompanhada do pagamento dos subsídios de Natal. Neste ano, convido a ser diferente. A fazer diferente, se queremos que os resultados sejam diferentes. E isso podemos fazer em 3 etapas:

  1. Marcar um dia por mês para falar sobre dinheiro em família, focando-nos nos objetivos de cada um e nas estratégias para os atingir;
  2. Definir um programa de entregas programadas para um produto de poupança, idealmente sem capital garantido (mas talvez estejamos a pedir demais). Este programa vai permitir começar a poupar sem grande esforço (vai ver que nem nota);
  3. Perceber quais as suas reais prioridades, reflexão que permitirá concluir que as melhores coisas na vida têm muito valor mas não têm um preço associado.

O contexto é de grande desafio. Sobem os preços. Sobem os juros. A casa está cara. Já passámos por outras crises, e algumas bem mais desafiantes do que estas. Unamo-nos em famílias para superar as dificuldades e aproveitemos a viagem!

João Morais Barbosa
Sócio Fundador e Administrador da Reorganiza

 

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